Um líder cristão
e sua esposa foram enterrados vivos na província central de Henan da China,
após protestarem contra a demolição de sua igreja, ordenada pelo Partido
Comunista. O homem conseguiu escapar, mas sua esposa não resistiu e acabou
morrendo.
A organização
'China Aid' relatou a notícia macabra na última segunda-feira (18), lembrando
que a tragédia ocorreu na semana passada, na Igreja Beitou em Zhumadian, na
província de Henan. Autoridades do governo comunista teriam ordenado a
demolição da igreja, após Li Jiangong - líder da comunidade cristã - e sua
esposa, Ding Cuimei, se recusarem a entregar o terreno da igreja para um
investidor local.
O casal decidiu
tentar impedir a demolição e entrou na frente dos oficiais para intimidá-los,
mas foram propositadamente empurrados para uma vala, onde uma escavadora cobriu
seus corpos com terra.
"Clamando
por ajuda, Li foi capaz de cavar e fugir, mas Ding [esposa] morreu sufocada,
antes que pudesse ser resgatada", afirma o relatório.
Os dois
oficiais responsáveis pelo crime teriam sido detidos pelas autoridades, segundo
uma equipe de investigação criminal do gabinete de segurança pública.
De acordo com a
'China Aid', um dos membros da equipe de demolição chegou a gritar, dando a
ordem: "os enterrem vivos para mim. Eu serei responsável por suas
vidas".
O presidente da
'China Aid', Bob Fu falou sobre o crime brutal, dizendo, "intimidar e
enterrar viva, Ding Cuimei, uma mulher cristã pacífica e devota, foi um ato
cruel, assassino".
Fu acrescentou
em um comunicado: "Este caso é uma grave violação dos direitos à vida, à
liberdade religiosa e Estado de Direito. As autoridades chinesas devem prender,
imediatamente os assassinos responsáveis e tomar medidas concretas para
proteger a liberdade religiosa dos membros desta igreja".
Os cristãos na
China têm sido fortemente perseguidos ao longo dos últimos dois anos pelo
Partido Comunista, devido a seus números rapidamente crescentes. Embora as
autoridades chinesas afirmem que as demolições da igreja e a remoção forçada de
cruzes dos templos estejam relacionadas à violação do código de construção do
país. Ativistas de direitos humanos e outros líderes cristãos disseram que a
perseguição é clara contra um grupo religioso específico (cristãos).
"O governo
do país está cada vez mais preocupado com o rápido crescimento da fé cristã,
sua presença pública e sua influência social", disse Bob Fu, em fevereiro.
"É um
temor político por parte do Partido Comunista, enquanto os números de cristãos
no país superam em muito o de membros do partido", acrescentou.
A segmentação
dos cristãos na China também atingiu os níveis mais elevados, nomeadamente com
a prisão no início do reverendo Gu Yuese neste ano (2016), o ex-líder da Igreja
Chongyi de Hangzhou, a maior igreja sancionada pelo governo no país.
Gu, que havia
se manifestado contra as remoções de cruzes dos templos, foi formalmente detido
sob a acusação de 'peculato' e foi 'liberto' no início de abril.
Grupos como o
'International Christian Concern' disseram que, embora seja uma boa notícia que
o pastor esteja fora da prisão, o Partido Comunista teria tomado tal decisão,
apenas devido "à visita do presidente chinês aos Estados Unidos",
referindo-se a reuniões do presidente Xi Jinping com US O presidente Barack
Obama.
"Pastor
Yuese não está completamente fora de perigo por causa de vigilância residencial
poderia provavelmente ser ou tornar-se da prisão negra notório. Se ele é
colocado sob suas regras restritivas, ele não terá permissão para deixar sua
casa ou falar com ninguém", disse ICC.
Fonte: CPAD News
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