Região: África Oriental
População 44 milhões
Cristãos78%
Religião: Cristianismo
A perseguição
Nas regiões de maioria muçulmana os cristãos sofrem
pressão de todos os lados, os mais atacados são os cristãos ex-muçulmanos e
aqueles que pregam o evangelho para muçulmanos. O aumento da perseguição no
Quênia tem relações diretas com as ações de grupos radicais islâmicos como o
Al-Shabab, cujas ações estão voltadas para a criação de um Estado teocrático na
vizinha Somália e que atuam na fronteira entre os dois países. Alguns
especialistas acreditam que os constantes ataques do Al-Shabab, no Quênia,
resultam das investidas do exército queniano contra a milícia islâmica em
território somali, o que os forçou a fugir da Somália para o norte do Quênia.
Além disso, os radicais islâmicos teriam a intenção de separar a região
costeira do resto do país (Quênia) e transformá-la, juntamente com outros
países da região, num “sultanato islâmico”. Por isso, embora o Quênia seja considerado
um país de maioria cristã, as áreas dominadas por muçulmanos (Nordeste e em
algumas partes da zona costeira) têm um alto índice de intolerância e
hostilidades contra os cristãos.
A Igreja queniana experimentou momentos de intensa
insegurança em 2012. Colaboradores da Portas Abertas no campo informaram que
“em ataques que tinham os cristãos como alvo”, 22 cristãos (incluindo agentes
de segurança) foram mortos. Muitos outros (mais de 100) foram gravemente
feridos ou completamente mutilados. Os incidentes foram rotulados pelo governo
como “ataques gerais” praticados pelos insurgentes do al-Shabab. No entanto,
ficou claro que os atentados com armas de fogo contra indivíduos e com granadas
contra igrejas nas horas de culto, tinham os cristãos como principais alvos.
"Mais de 10 igrejas foram queimadas, destruídas por bombas ou granadas,
saqueadas ou tiveram seus bens destruídos, principalmente no nordeste e nas
zonas costeiras do país. Mas em algumas outras cidades, como Nairóbi, isso
também aconteceu. Alguns cristãos fugiram das denominadas áreas islâmicas, para
evitar novos ataques.
O futuro da Igreja no Quênia é preocupante. O nível
de medo entre os cristãos está crescendo rapidamente. A unidade islâmica é
diversificada e forte. De acordo com especialistas da Portas Abertas, "O
governo está com medo, não sabe como lidar com a unidade islâmica e, portanto,
tem uma tendência a ceder facilmente às suas exigências, às vezes em detrimento
das igrejas."
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