Perseguição aos Cristãos - Leis e Consequências.

 


Coreia do Norte

A Coreia do Norte é extremamente reconhecida como um dos lugares mais hostis para os cristãos no mundo. A nação é governada por um regime ditatorial liderado pela família Kim desde a sua fundação em 1948, e o controle estatal sobre todas as esferas da vida é absoluto. Embora a Constituição da Coreia do Norte mencione liberdade religiosa, essa “liberdade” existe apenas no papel. Na prática, o regime considera qualquer atividade religiosa independente, uma ameaça direta à autoridade do Estado e à ideologia juche (uma filosofia de autossuficiência que endossa a liderança suprema do líder norte-coreano).

Lei: A Constituição norte-coreana menciona a liberdade religiosa, mas na prática, qualquer atividade cristã é considerada traição.

Consequências: Os cristãos podem ser presos em campos de trabalhos solicitados, torturados ou até mesmo executados.

Afeganistão

O Afeganistão é um dos países onde a prática do cristianismo enfrenta algumas das mais severas restrições no mundo. Desde a retomada do poder pelo Talibã em 2021, as condições para os cristãos afegãos se deterioraram ainda mais, com a imposição da Sharia (lei islâmica), que proíbe a conversão ao cristianismo e impõe severas punições a quem se desvia do islamismo. Embora oficialmente o Afeganistão não seja um país teocrático, o Talibã governa com base na interpretação estrita da Sharia, considerado um pilar fundamental de sua identidade e controle.

Lei: Desde o retorno do Talibã em 2021, a Sharia (lei islâmica) foi reimplementada. Converter-se ao cristianismo é considerado uma "apostasia".

Consequências: Cristãos ex-muçulmanos são perseguidos, e a punição pode incluir prisão, tortura e até execução por "traição".

Somália

A Somália é um dos países mais hostis ao cristianismo e apresenta uma das situações de perseguição religiosa mais extremas do mundo. O islamismo é a religião oficial do Estado, e a constituição do país declara explicitamente que a Sharia (lei islâmica) é a base de todas as suas leis. Qualquer forma de prática cristã é vista como uma ameaça à identidade islâmica da nação. A presença de grupos extremistas, como o Al-Shabaab, também intensifica a perseguição, tornando extremamente perigoso para os cristãos viverem abertamente sua fé.

Lei: O islamismo é a religião oficial e qualquer forma de evangelismo é considerada “blasfêmia” e “apostasia”.

Consequências: Cristãos convertidos são alvo de violência extrema; podem ser assassinados pelo governo ou pela própria comunidade.

Iêmen

O Iêmen é um país onde a prática do cristianismo enfrenta sérias restrições e uma forte perseguição, com leis baseadas na Sharia (lei islâmica) e uma sociedade profundamente fundamentalista. As condições de liberdade religiosa já eram limitadas, mas o conflito civil que começou em 2015 e a presença de grupos extremistas, como a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) e os rebeldes Houthi, têm tornado o cenário ainda mais perigoso para os cristãos.

Lei: Sob a lei islâmica do país, converter-se do islamismo ao cristianismo é considerado um ato de "apostasia".

Consequências: Cristãos podem enfrentar o ostracismo, prisões, torturas, e em alguns casos, são mortos por autoridades ou parentes.

Irã

No Irã, a perseguição aos cristãos é severa e institucionalizada. Embora o país permita a prática de algumas religiões minoritárias oficialmente reconhecidas, como o cristianismo armênio e assírio, não é permitido que muçulmanos se convertam ao cristianismo. A República Islâmica do Irã baseia-se em uma interpretação rígida da Sharia e considera o cristianismo uma ameaça à segurança nacional, especialmente em casos de evangelização ou de conversão do islamismo ao cristianismo.

Lei: O código penal islâmico iraniano prevê uma pena de morte para apóstatas (pessoas que deixam o islamismo), incluindo aquelas que pregam o cristianismo.

Consequências: Os cristãos podem ser presos, torturados e condenados à morte, além de enfrentarem severa discriminação no emprego e na moradia.

Paquistão

No Paquistão, a perseguição aos cristãos é alimentada por leis de blasfêmia, pressão social e uma sociedade profundamente fundamentalista. Embora o cristianismo seja reconhecido como uma minoria religiosa, cristãos paquistaneses, especialmente aqueles que se converteram do islamismo, enfrentam discriminação institucionalizada e violência física por sua fé.

Lei: As leis de blasfêmia são extremamente rígidas e usadas para perseguir minorias religiosas. Falar sobre Jesus pode ser considerado blasfêmia.

Consequências: Cristãos acusados ​​de blasfêmia podem ser presos, torturados e condenados à morte. Linchamentos extrajudiciais também são comuns.

Líbia

Na Líbia, a perseguição aos cristãos é severa e violenta, impulsionada pela falta de um governo estável, a presença de grupos extremistas e a pressão social islâmica. Com uma população majoritariamente muçulmana e leis baseadas em uma interpretação rígida da Sharia, o país é um dos ambientes mais hostis do mundo para os cristãos, especialmente para aqueles que se convertem do islamismo.

Lei: A Constituição confirma apenas o islamismo, e a evangelização é proibida.

Consequências: Cristãos podem ser presos, torturados e, em alguns casos, mortos. As famílias cristãs podem ser perseguidas e forçadas a fugir do país.

Eritreia

Na Eritreia, a perseguição aos cristãos é uma das mais severas do mundo. O país, governado por um regime autoritário e extremamente repressivo, impõe fortes restrições à liberdade religiosa, especialmente para os cristãos que praticam suas crenças fora das igrejas oficialmente reconhecidas. Convertidos ao cristianismo, igrejas independentes e até mesmo membros de igrejas registradas, como a Igreja Ortodoxa da Eritreia, enfrentam prisões, torturas e tratamento degradante.

Lei: Apenas as religiões islâmicas e as igrejas registradas (ortodoxa, católica e luterana) são permitidas. Cultos clandestinos são vistos como uma ameaça ao governo.

Consequências: Cristãos de igrejas não registradas podem ser presos sem julgamento, suspensos em condições desumanas e torturados.

Sudão

No Sudão, a perseguição aos cristãos é sistemática e violenta, alimentada por um governo que aplica uma interpretação rigorosa da Sharia e uma política de islamização. Apesar da queda do regime do ex-presidente Omar al-Bashir em 2019, a situação para os cristãos permanece crítica, com ataques de grupos extremistas, leis opressivas e a falta de proteção do Estado.

Lei: Embora a pena de morte para apóstatas tenha sido removida, a discriminação contra os cristãos e os ataques aos locais de culto continuam.

Consequências: Cristãos enfrentam prisões e confiscos de bens, além de discriminação sistemática em emprego e educação.

Arábia Saudita

Na Arábia Saudita, a perseguição aos cristãos é institucionalizada, refletindo a aplicação rigorosa da interpretação wahhabita do islamismo. O reino é conhecido por sua intolerância à prática de religiões não muçulmanas, e os cristãos enfrentam uma realidade de severas restrições e ameaças constantes.

Lei: A prática de qualquer religião além do islamismo é proibida, e a Sharia rege o sistema legal do país.

Consequências: Cristãos que realizam cultos ou evangelizam enfrentam prisão, deportação e, em alguns casos, tortura.

 

Convocação à Oração pela Igreja Perseguida.

Querida Igreja,

Hoje, somos convocados a unir nossos corações em oração por nossos irmãos e irmãs que vivem em países onde o evangelho é severamente perseguido. A Coreia do Norte, Afeganistão, Somália, Iémen, Irã, Paquistão, Líbia, Eritreia, Sudão e Arábia Saudita são nações onde a liberdade religiosa é limitada, e os cristãos enfrentam ameaças diárias em sua luta pela fé.

É tempo de interceder! Oremos para que Deus levante missionários dispostos a ir a esses lugares desafiadores, levando a mensagem de amor e esperança que o evangelho oferece. Que Ele fortaleça e proteja aqueles que já estão lá, enfrentando as consequências das leis que proíbem a livre prática da fé. Que cada missionário encontre coragem e sabedoria para proclamar o Reino de Deus, mesmo nas circunstâncias mais adversas.

Além disso, clamamos para que os corações das autoridades sejam tocados e que as leis que oprimem a liberdade religiosa sejam mudadas. Que a população, bem como seus líderes, venha a conhecer a verdade e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, permitindo que o evangelho seja aceito e acolhido em suas vidas.

A Bíblia nos lembra em Tiago 5:16: "A oração pode muito em seus efeitos." Portanto, vamos nos unir em oração, confiando que Deus ouve e responde. Que nossas súplicas alcancem o trono da graça e tragam transformação a esses países. Que a luz de Cristo brilhe intensamente em cada canto, dissipando as trevas da perseguição e da opressão.

Juntos, em oração e ação, podemos fazer a diferença na vida de muitos. Que nosso clamor seja um instrumento nas mãos de Deus para trazer alívio, esperança e salvação.

Amém.


Por: Mozart Leandro E. Carneiro

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