A rádio Free Europe informou no mês de março que um grupo
com cerca de 10 pessoas atravessou ilegalmente a fronteira azeri-iraniana e que
os policiais do Azerbaijão dispararam suas armas em advertência, mas em vez de
parar, o grupo ignorou e respondeu ao tiroteio. O tiroteio resultou na morte de
alguns cidadãos de Bangladesh e outras duas pessoas foram presas. "Tudo
indica que o grupo era composto por radicais muçulmanos e, mesmo com a política
de segurança do país, que tem um sistema muito ditatorial, não tem sido
possível conter a ação deles", comenta um dos analistas de perseguição.
O Azerbaijão, 34º país da Classificação da Perseguição
Religiosa deste ano, tem um regime restritivo e a vigilância é geral, inclusive
com as igrejas. "O país é constantemente vigiado e as atividades cristãs
são proibidas. Os fieis não podem confiar em ninguém. As ameaças vindas de fora
também são perigosas para as igrejas. Ser cristão é ser vulnerável por aqui, já
que o cristianismo é considerado arqui-inimigo do país", explica o
analista.
A influência do islã tradicional cresce em várias regiões do
Azerbaijão e a perseguição aos cristãos não é só religiosa, mas também
nacionalista e étnica. Os cristãos azeris são considerados traidores. De acordo
com os relatórios da Portas Abertas, a tendência é que aumente ainda mais a
perseguição e a violência contra os seguidores do cristianismo. Mas a igreja
cresce em meio à vigilância, ataques, prisões, fechamento de templos e leis
injustas. "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles
é o Reino dos céus". (Mateus 5.10).
Fonte: Portas Abertas Brasil
0 Comentários