De acordo com informações da rádio Free Europe, o Mufti
Husein Kavazovic (autoridade islâmica na interpretação da sharia) da Bósnia e
Herzegovina, um dos países criados após a dissolução da Iugoslávia, pediu
proteção às autoridades depois de ter sido ameaçado por um suposto membro do
Estado Islâmico. Após os ataques de novembro, em Paris, que ocasionou a morte
de 130 pessoas, Kavazovic passou a denunciar repetidamente as ações extremistas
islâmicas e a radicalização dos muçulmanos bósnios, que compõem 40% da
população.
O governo bósnio reagiu e declarou que iria desfazer as
alianças com os grupos muçulmanos que defendem o extremismo e que se recusam a
fazer parte das organizações islâmicas pacíficas, reconhecidas pelo Estado.
"Há dois grupos muçulmanos separados na Bósnia: o grupo tradicional jihad
(apoiado pelo governo e liderado pelo Mufti Husein Kavazovic) e o grupo
radical, que ataca aqueles que estão contra a jihad. Esse último é o resultado
das atividades que a Arábia Saudita realizou no país, através de um alto
investimento", explica um dos analistas de perseguição.
Além disso, a polícia estima que mais de cinquenta radicais
islâmicos voltaram para a Bósnia, onde estão dispostos a realizar missões em
nome de Estado Islâmico. "O islamismo radical está crescendo rapidamente
por aqui. Sabemos que esse grupo está listando os países onde eles querem atuar
através de forma violenta e impositiva. Há alguns sinais de que a Bósnia esteja
na lista", diz o analista. Embora a Bósnia não seja um dos 50 países da
Classificação da Perseguição Religiosa, ela se destaca por ser considerada por
alguns especialistas como o "berço do jihadismo moderno", que declara
uma guerra contra o Ocidente, desde a fundação do Al-Qaeda, por Osama Bin
Laden, que determinou como principais alvos, ocidentais, americanos e cristãos,
a fim de fazer uma limpeza étnica e expandir o islamismo mundialmente. Ore por
essa nação.
Fonte: Portas Abertas Brasil
Fonte: Portas Abertas Brasil
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